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O torneio vai contar com mil atletas; Copa vai começar no dia 18 de junho
Por: André Galassi e Felipe Assialdi
Campinas se prepara para receber a 2ª edição da Taça das Favelas, maior campeonato entre comunidades do Brasil. Organizado pela Central Única das Favelas (Cufa), o torneio vai contar com cerca de mil atletas, entre as categorias masculina e feminina, e visa dar maior visibilidade a jovens das periferias da Região Metropolitana de Campinas.

Com as inscrições encerradas ao final da primeira quinzena de maio, a organização do campeonato divulgou que foram realizadas 3.012 matrículas de jogadores e jogadoras. Desses, 960 foram escolhidos em peneiras realizadas em diversos pontos da cidade. Ao todo, 2.137 jovens de 14 a 17 anos disputaram vagas nos 32 times da categoria masculina, enquanto 857 mulheres duelaram por lugares nas 16 equipes femininas. São 20 atletas em cada elenco.
Segundo a coordenadora da Cufa em Campinas e na RMC, Michele Eugênio, o certame visa principalmente a inclusão social da juventude da região. Em entrevista ao Digitais, Michele ressaltou que o torneio tem como objetivo promover a conscientização e a inclusão por meio do esporte, integrar as comunidades e ressignificar o território.
“Estamos falando de inclusão de jovens. Sabemos que nem todos os atletas que vão disputar a competição vão sair de lá como jogadores profissionais, mas estamos falando dos sonhos desses jovens”, afirmou a coordenadora.
Com a grade final transmitida pela EPTV de Campinas e disputada no Estádio Moises Lucarelli, a dirigente ainda ressaltou que o clima criado no entorno do torneio mostra que o jovem periférico é livre para seguir seus sonhos.
“Toda essa atmosfera mexe com as emoções dos jovens. A oportunidade de estarem ali, no campo onde os ídolos jogam. Existe ainda o algo a mais por ter diversos observadores técnicos de clubes. Acredito que isso seja muito importante: mostrar para essa garotada que existe o esporte, mesmo que muitos não se tornem atletas, eles podem ser aquilo que quiserem”, concluiu.
Além da inclusão social, a competição é, também, um prato cheio para os grandes clubes. Segundo expectativas da organização do torneio, a Taça das Favelas deverá contar com diversos observadores técnicos de equipes de Campinas, do estado de São Paulo e do Brasil em geral. A meta dos clubes é mapear novos talentos e oferecer contratos para as categorias de base.
Para Douglas Gramani, observador técnico do Palmeiras, o certame tem a sua importância principalmente pela visibilidade social envolvida, mas alerta que a competição também possui o caráter de formação de atletas ao grandes clubes.
“Uma competição como a Taça das Favelas é importante pois dá visibilidade aos jovens. Além de que tenha uma questão social. Pelo futebol, os meninos saem das ruas”, destacou Gramani.
Aos olhos do observador de uma das categorias de base mais vitoriosas do Brasil na última década, é notável a qualidade técnica de muitos jovens que saíram de competições locais. Ele ainda relembrou que o Palmeiras já trouxe jogadores da Taça das Favelas em 2017, quando trouxe Patrick de Paula da competição Cufa no Rio de Janeiro e Carlos Matheus, atualmente no Alviverde Sub-20, que se destacou na edição da capital paulista.
“Conseguimos reunir vários atletas de diferentes idades para que possamos observá-los. Esses meninos geralmente são oriundos de bairros mais pobres, jogam com os meninos mais velhos e conseguimos observar alguns talentos. Para nós é de grande importância”, afirmou Gramani.
A Copa tem seu início previsto para 18 de junho. As disputas serão no formato eliminatório, com a grande final prevista para o dia 23 de julho, no Estádio Moises Lucarelli, casa da Ponte Preta.
Em 2019, primeira e única edição do torneio em Campinas, a Vila Brandina sagrou-se campeã na disputa do torneio masculino, enquanto o São José ficou com o título no feminino.
Orientação e edição: Prof. Artur Araujo
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