Educação
Por Maíra Torres
A Prefeitura de Campinas já colocou à disposição de todos os professores do ensino fundamental e médio, das redes pública e particular do município, um questionário para avaliar a implementação da lei que determina o ensino de história e cultura afro-brasileira em sala de aula. Trata-se da terceira edição do levantamento, iniciado em 2016, que este ano incluirá os docentes das redes particular e estadual. A participação será online através do site educacaoconectada.campinas.sp.gov.br.
Os detalhes da nova pesquisa foram anunciados na última terça-feira, 14, em debate que reuniu representantes da Secretaria de Educação, políticos, educadores, representantes da Faculdade de Educação da Unicamp e estudantes da escola municipal do ensino fundamental do Parque Oziel, na Câmara de Campinas. “O questionário é para ser preenchido online, com questões quantitativas e qualitativas, com algumas alterações em relação àquele feito anteriormente”, disse a coordenadora da pesquisa, professora Ângela Soligo, da Unicamp.
A docente ressaltou a importância na abordagem da história e cultura afro-brasileira como forma de combater o que chamou de “racismo institucionalizado”, além de trazer à sala de aula o debate sobre o respeito e a diversidade. Os estudantes presentes no evento relataram ter havido melhoras na convivência escolar desde que começou o ensino de africanidades. “Antes, tinha uma briga por mês na escola, agora ninguém briga mais”, contou a estudante Lorena Bianca, 13.
Em sua edição anterior, cujos resultados foram publicados em maio deste ano na revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negro/as (ABPN), a pesquisa apontou que já existe o reconhecimento por parte dos professores acerca da importância da lei. No entanto, observam que ainda permanece a carência da inclusão das africanidades nas atividades cotidianas, além da abordagem que o tema recebe nos dias 13 de maio e 20 de novembro, datas dedicadas à abolição da escravatura e ao Dia da Consciência Negra.
Orientado por Profº Carlos Alberto Zanotti
Editado por Giovanna Abbá
Veja mais matéria sobre Educação
Associação atende famílias em vulnerabilidade em Campinas
Cerca de 500 crianças são atendidas e auxiliadas
Sesi Campinas é referência no ensino de jovens na cidade
Campinas conta com duas unidades da instituição no município
Feira do livro chama atenção de crianças e adultos
Em Campinas, projeto gratuito tem acervo que vai de Harry Potter a clássicos mais antigos
Pedagogias Alternativas geram polêmicas na educação
Homeschooling, Kumon e Pedagogia Waldorf são alguns dos métodos que fogem do convencional
Educação como chave para conscientização climática
Para Estefano Gobbi, ações individuais são mais eficientes que medidas públicas
Pouco conhecida, emissora transmite até futebol entre escolas
Corujinha azul é mascote do canal que pretende se diferenciar das demais TVs educativas